Hiperpoliglotismo: você conhece essa expressão?
Podemos apostar que você conhece o termo poliglota: palavra de origem grega para ‘polý’, que significa ‘numerosas’ e ‘glossai’, para ‘línguas’. São pessoas que dominam mais de quatro idiomas. Mas como nomear quem estudou surpreendentes 135 línguas? Conheça os hiperpoliglotismo.
Quem definiu essa expressão foi o linguista britânico Richard Hudson, durante estudos com poliglotas em 2003. Estudar essa categoria seleta de pessoas que falam mais de seis idiomas é importante, pois pode ajudar na compreensão dos limites do nosso cérebro.
Mas, apesar de parecer uma condição superespecial, os pesquisadores apontam que o hiperpoliglotismo não é exatamente um dom. É fruto de muito estudo e de estímulos socioculturais. O linguista brasileiro Carlos Freire, por exemplo, cresceu próximo à fronteira do Brasil com o Uruguai, deixando afiado o seu espanhol. Mais tarde, quis ler clássicos do russo Dostoiévski no idioma original. E, assim, ao longo da vida, já estudou mais de 135 línguas.
Mas, aprender dezenas – ou centenas! – de idiomas não é o mesmo que ser fluente em todos eles. Uma pesquisa apontou que a maioria dos hiperpoliglotas consegue manter de cinco a nove línguas ativas na memória. As outras ficam guardadas em outra área, a memória de longo prazo, sendo necessário, como não poderia deixar de ser, um tempo dedicado de estudos para reativá-las.
Agora que você já sabe que ser um hiperpoliglota é uma questão de foco e planejamento, que tal apostar nisso? Bons estudos!